Sistema reprodutor em mulheres
Segundo
Tortora e Nielsen (2013), o sistema reprodutor
feminino tem como funções: produzir óvulos, secretar hormônios, fornecer local
para o desenvolvimento fetal, entre outros, visando à preparação e adequação do
corpo para o desenvolvimento e chegada de um bebê, para perpetuação da espécie.
As
estruturas principais deste sistema estão divididas em internas e externa, onde
as internas são os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina, e a vulva
sendo a externa.
Figura
1. Estruturas do sistema reprodutor feminino
Os ovários são
responsáveis pela produção das células reprodutivas (óvulos) e produção dos
hormônios sexuais (estrógeno e progesterona); nas tubas uterinas ocorre a
fecundação, e localiza-se entre o ovário e o útero; a fixação do embrião se dá
no útero, órgão que irá abrigar o feto durante a gestação; a vagina é o órgão
de cópula, que permite a comunicação do meio interno com o externo, com
aproximadamente 8 cm de comprimento em repouso e de 10 a 12 cm quando em
excitação.
Sistema reprodutor em alpacas fêmeas
Atualmente, os camelídeos que habitam a América do Sul podem ser
divididos em quatro espécies: selvagens (vicunha e guanaco) e domésticas
(alpaca e lhama). As alpacas Vicugna
pacos, representam grande valor econômico para famílias camponesas que
utilizam estes animais para a produção de carne, retirada de lã para fabricação
de roupas, entre outras, em países da Argentina, Bolívia, Chile e Peru que
possuem aproximadamente 95% destes camelídeos na América do Sul (HERRERA, 2017; CANO, 2009).
Figura 2. Vicugna pacos (Alpacas).
De acordo com International Atomic Energy Agency (1986), as alpacas
possuem anatomia reprodutiva muito parecida com a de seres humanos, sendo
constituídas de ovários, tubos uterinos, útero, vagina, vulva.
O útero da alpaca é
bipartido ou bifurcado, sendo duas hastes uterinas separadas, com uma mucosa
lisa. O lado esquerdo é ligeiramente maior que o direito, e estima-se que a
maioria dos fetos se fixam no lado esquerdo do útero durante a gestação. A
vagina mede aproximadamente 13,4 cm de comprimento e 3,4 cm de diâmetro,
apresentando pregas longitudinais.
Figura 3. Exemplificação do útero em alpacas.
As fêmeas apresentam
receptividade sexual aos doze meses de idade, porém a atividade ovariana
inicia-se aos dez meses, quando os ovários apresentam folículos de 5 mm ou mais.
As alpacas fêmeas não apresentam
ciclo estral como em outras espécies domésticas, em que o período reprodutivo
do animal demonstra receptividade sexual, e logo em seguida ovulação. No
entanto, algumas espécies de coelhos, por exemplo, apresentam ovulação
induzida, no qual é necessário estímulos para que ela ocorra. Para as alpacas a
penetração do pênis do macho ao liberar o substrato seminal induz a liberação
do óvulo. Em seguida, é formado um corpo lúteo que ao 8° dia apresenta um
aumento de tamanho e atividade secretora, na ausência de gravidez há a regressão
do corpo lúteo no 13° dia (INTERNATIONAL ATOMIC
ENERGY AGENCY, 1986).
No cio ou estral,
quando se depara com a presença do macho, assume posição sentada, ou
aproxima-se de um casal em copulação e senta-se próximo a eles.
O nascimento ocorre em
maior parte das 07:00 às 14:00 h, evidenciando a preferência por momentos do
dia mais claros (iluminados), que propiciam uma temperatura térmica
aconchegante ao recém-nascido. As alpacas possuem ainda características de cuidado
maternal, ou seja, a possibilidade de abandono dos filhotes é reduzida.
Figura 4. Gráfico
representando a porcentagem de parto em alpacas e ovelhas em determinadas horas
do dia.
Desta maneira, pode-se
concluir que o sistema reprodutor feminino em humanos e alpacas se assemelham
em partes, como as estruturas internas e externas, seguindo o padrão da grande
parte dos mamíferos. No entanto, diferem-se na morfologia do útero, onde em
alpacas o órgão sofre uma bifurcação, separando em lado esquerdo e direito.
Nota-se também a diferença no comprimento da vagina, devido ao tamanho da
espécie.
Referências
CANO, Raul Marino Yaranga. ALIMENTACIÓN DE
CAMELIDOS SUDAMERICANOS Y MANEJO DE PASTIZALES. Curso de Zootecnia,
Departamento Académico de Ciencia Animal y Gestión Ambiental., Universidad
Nacional del Centro del PerÚ Faculta de de Zootecnia, Huancayo, 2009.
HERRERA,
Julio Ricardo Tafur; REÁTEGUI, Alexander ChÁvez. Revisión del estudio anatómico macroscópico de las glándulas salivales
mayores (parótida, mandibular y sublingual) de la alpaca (Vicugna pacos).
44 f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina Veterinaria, Universidad Nacional
Mayor de San Marcos, Perú, 2017.
INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY.
Nuclear and related techniques in animal
production and health. Vienna: International
Atomic Energy Agency, 1986. p 149-165.
TORTORA, Gerard J.; NIELSEN, Mark T.. Princípios
de Anatomia Humana. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
Referências de imagens
Figura 1: http://essenciadavida-julianacorreia.blogspot.com/2009/09/sistema-reprodutor-feminino-oogenese.html.
Figura 2: https://www.oversodoinverso.com.br/essa-galeria-vai-provar-para-voces-que-alpacas-sao-extremamente-fofas/; https://aminoapps.com/c/undertale-brasil/page/blog/off-topic-5-curiosidades-sobre-alpacas/bm8q_MksouX8kMp8Lb3qBM0Yerrn83ERJK.
Figura 4:
International
Atomic Energy Agency (1986).
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