1. O coração dos anfíbios
As larvas dos anfíbios dependem
de brânquias e da pele para realizar trocas gasosas, enquanto os adultos nas
espécies com metamorfose completa perdem as brânquias e desenvolvem pulmões.
Durante o desenvolvimento dos animais, ocorre uma progressiva perda da função
respiratória das brânquias, e consequentemente os arcos da artéria aorta mudam
de papel (HARVEY; JANIS;
HEISER. 2008).
O átrio do coração pode ser dividido anatomicamente por um
septo em câmara direita e esquerda, ou padrões de
fluxo de sangue oxigenado e desoxigenado, mantidos separados mesmo
dentro dessa câmara não completamente dividida. O sangue proveniente das veias
sistêmicas flui para o lado direito do coração e o sangue proveniente dos
pulmões flui para o lado esquerdo. O ventrículo apresenta uma subdivisão
variável. As relações anatômicas dentro do coração são tais que o sangue rico
em oxigênio, retornando ao coração a partir das veias pulmonares, entra no
átrio esquerdo, que o injeta no lado esquerdo do ventrículo. Após a contração
do ventrículo, o sangue parte para o tronco arterioso (HARVEY; JANIS; HEISER.
2008. p. 252).
Do tronco
arterioso se origina a carótida, que supre a cabeça e os arcos aórticos
sistêmicos. Assim, quando os pulmões estão sendo ventilados, o sangue rico em
oxigênio, que deles retorna ao coração, é distribuído para os tecidos da cabeça
e do corpo. Já o sangue pobre em oxigênio, ao entrar no átrio direito é
direcionado para a metade dorsal do tronco arterioso. Este sangue segue para os
pulmões onde será oxigenado. Quando a pele é o principal mecanismo de troca
gasosa, como ocorre nas larvas, o maior teor de oxigênio está nas veias
sistêmicas que drenam o tegumento (HARVEY; JANIS; HEISER. 2008).
Figura 1: Adulto sem brânquias. O número 3, 4,5 e 6 indicam os arcos da
aorta.
Figura 2: Circulação sanguínea no coração de um anfíbio. À
esquerda, padrão de fluxo quando os pulmões estão sendo ventilados; à direita,
fluxo quando somente a respiração cutânea está ocorrendo.
O coração humano é um órgão muscular oco, com
quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo
esquerdo. Os átrios são porções menores e se localizam na parte superior do
coração são separados pelo septo interatrial, os ventrículos são porções
maiores que formam o ápice, separados pelo septo interventricular (SPENCE,
1991).
Segundo Spence
(1991), as quatro câmaras do coração podem ser caracterizadas do seguinte modo:
· - Ventrículo direito: Maior face anterior,
constituído por cristas, feixes elevados de fibras musculares cardíacas,
chamadas de trabéculas cárneas, a valva atrioventricular direita é conectado
por cordas tendíneas, que, por sua vez estão conectadas as trabéculas cárneas
pelos músculos papilares.
· - Átrio esquerdo: Maior parte da base recebe
sangue proveniente dos pulmões, pelas veias pulmonares. Constituído por paredes
posterior e anterior lisas, a valva atrioventricular esquerda ou mitral possui
duas válvulas.
· - Ventrículo esquerdo: Forma o ápice do coração,
possui trabéculas cárneas e cordas tendíneas que ancoram as válvulas.
Por causa da separação das câmaras cardíacas do lado direito
com as do lado esquerdo através dos septos (interatrial e interventricular), o
coração funciona como uma bomba dupla. Cada um possui uma câmara de recebimento
que são os átrios e a uma de propulsão os ventrículos. No lado direito
(Circulação Pulmonar) recebe o sangue do circuito sistêmico (vasos do corpo) e
o transporta para circuito pulmonar, o sangue venoso chega a esse átrio direito
através da veia cava superior, veia cava inferior e do seio coronário (veias
cardíacas). Após o sangue passa para o ventrículo direito, que impulsiona para
o tronco pulmonar e artérias pulmonares, até a rede de capilares onde retira o
gás carbônico e recebe oxigênio. O lado esquerdo (Circulação Sistêmica) recebe
sangue recentemente oxigenado do circuito pulmonar e leva para o circuito
sistêmico, retorna ao átrio esquerdo, pelas veias pulmonares, que passa ao
ventrículo esquerdo que propulsiona para o interior da aorta e desta para o
corpo (TORTORA;
GRABOWSKI, 2002).
Figura 3: Vista anterior da secção frontal de um coração
humano.
Escrito por Abu-Bakr Adetayo Ariwoola
Referencias Bibliográficas
Harvey F. Pough; Janis
Christine M; Heiser John B. A vida dos
invertebrados. –4. Ed—São Paulo: Atheneu Editora, 2008.
SPENCE, Alexander P. Anatomia humana básica. Tradução Mario de Francisco. São Paulo:
Manole, 1991.
TORTORA, Gerald J; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e Fisiologia.
9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário