Segundo Tortora (2013),
o sistema digestório dos humanos é constituído por dois grupos de órgãos: o
trato gastrointestinal e os órgãos acessórios da digestão. O trato gastrointestinal,
ou canal alimentar, é um tubo contínuo que se estende da boca até o ânus
através da cavidade torácica e abdominopélvica. Os órgãos do trato
gastrointestinal compreendem boca, faringe, esôfago, estômago, intestino
delgado e intestino grosso. Os órgãos acessórios da digestão são dentes,
língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas. As funções do
sistema digestório são seis: ingestão, secreção, mistura e propulsão, digestão
(mecânica e química), a mecânica faz o corte e a trituração dos alimentos com auxílio
dos dentes e a química realiza a degradação em moléculas menores que podem ser
absorvidas, absorção e defecação.
O processo de digestão
se inicia na boca que é a porção inicial do sistema digestório, no qual
compreende os dentes para a trituração do alimento, a língua, que auxilia no
transporte e gustação, e as glândulas salivares, que umedecem e amolecem os
alimentos. Depois o alimento passa pela faringe e segue para o esôfago, um
órgão túbulo-muscular, que, através de movimentos peristalse (contrações),
encaminha o alimento para o estômago, uma dilatação do tubo digestório entre o
esôfago e o intestino delgado. O estômago atua como uma área de mistura e
reservatório, dividido em quatro regiões: cárdia, fundo, corpo e piloro. Do
estômago o alimento segue para o intestino delgado, a porção mais longa do tubo
digestório e onde ocorre a maior parte da digestão que depende das atividades
do pâncreas, fígado e vesícula biliar. O intestino delgado forma alças na parte
central e inferior da cavidade abdominal, sendo dividido em três regiões:
duodeno, jejuno e íleo, que se abre no intestino grosso, porção final onde
ocorre a absorção de água, íons e vitaminas formando as fezes que depois são
eliminadas.
Figura 1. Representação do trato
digestório dos humanos.
Já o sistema digestivo das
aves apresenta algumas modificações em relação a outros vertebrados, como a
ausência de dentes e a presença somente de glândulas salivares sublinguais. O
excesso de alimento que processam é mantido no esôfago, e estocado
temporariamente no papo que é a porção mais dilatada em forma de saco. De
acordo com Pough (2003), a forma do estômago das aves está relacionada com sua
dieta. As aves carnívoras e piscívoras (que comem peixes) precisam expandir as
áreas de estocagem para acomodar grandes volumes de alimentos moles; as que
comem insetos e sementes precisam de um órgão muscular, que possa contribuir
para a trituração mecânica do alimento. O trato gástrico das aves é divido em
duas câmaras distintas: um estômago glandular chamado de proventrículo e um
muscular caudal, a moela, que tem como função o processamento mecânico do
alimento. O intestino delgado, assim como o obervado em seres humanos, é o
principal local da digestão química, podendo ser enrolado ou formar alças. Já o
intestino grosso é relativamente curto, além de possuir um ou dois cecos, na
junção dos intestinos. A porção final é a cloaca, que estoca temporariamente os
produtos residuais, enquanto a água é reabsorvida.
Figura 2. Representação do trato
digestivo das aves.
Escrito por Samuel Henrique de Sousa Silva
Referências
bibliográficas
TORTORA, Gerard J.;
NIELSEN, Mark T. Princípios de anatomia humana. 12. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
POUGH, Harvey; JANIS,
Christine M.; HEISER, John B. A vida dos vertebrados. 3. ed.
São Paulo: Atheneu, 2003.
ORR, Robert T. Biologia dos vertebrados. 5.
ed. São Paulo: Roca, [20--?].
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