Os
órgãos efetuadores de movimento do nosso corpo são formados de células
musculares geradores de tensão mecânica. O musculo esquelético em grande
maioria está associada ao esqueleto e garante a execução de movimentos e
posturas do corpo possibilitando a sua relação com o meio externo. Nos animais
vertebrados, a musculatura esquelética corresponde aproximadamente a 40% do
peso corporal. Além de gerar tensão mecânica, o sistema muscular também
desempenha outras funções fisiológicas importantes para o organismo.
Figura 1. Esquema
das características da fibra muscular e das características do sarcômero em
vertebrados
Em
espécies de peixes-elétricos, além da utilização da musculatura esquelética
para a locomoção algumas dessas células musculares são modificados em órgãos
elétricos.
Segundo
Hill (2012), em diferentes animais, diferentes linhagens do músculo esquelético
podem dar origem ao órgão elétrico como, por exemplo, músculos da cauda e do
eixo corporal. As células musculares esqueléticas que constituem estes órgãos
são chamadas de eletrócitos e são caracterizadas por serem achatadas e estarem
dispostas em séries e apresentam poucos sarcômeros, o que determina que os
eletrócitos não são capazes de realizar contração. Apesar disto, cada
eleletrócito responde a um sinal neural, esse sinal acontece simultaneamente em
cada eletrócito e produz uma grande voltagem gerando um campo elétrico em torno
de todo o animal.
Figura 2. Representação dos eletrócitos de
peixes-elétricos
Estas células musculares esqueléticas, assim
como em todos vertebrados possuem neurônios motores pré-sinápticos fazendo
sinapse química através da acetilcolina na placa motora que possui receptores
colinérgicos, gerando o potencial de ação nas células musculares esqueléticas.
E além da geração de eletricidade pelo animal eles também possuem
eletrorreceptores que dá a capacidade de percepção de campos elétricos no
ambiente. Essas habilidades conferem ao peixe-elétrico capacidade de se
defender, detectar presas e possíveis predadores através da distorção que os
mesmos podem realizar em corpos d´água, se comunicar e explorar o ambiente.
Escrito por Bianca Soares Astolfi
Referência:
HILL, Richard
W. Fisiologia
Animal. Porto Alegre: Artmed, 2012.
Referências
imagens:
M.NISHIDA,
Silvia. Fisiologia Muscular. 2013. Departamento de
Fisiologia, IB Unesp-Botucatu. Disponível em: <http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Fisiologia/Neuro/aula.21.contracao_muscular_esqueletica.pdf>.
Acesso em: 23 abr. 2019
BIOFISICANDO. Eletricidade animal. 2010.
Disponível em:
<http://biofisicando.blogspot.com/2010/02/eletricidade-animal-voce-ja-pensou-na.html>.
Acesso em: 23 abr. 2019
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