As funções básicas do sistema
circulatório humano (Fig. 1A) são levar material nutritivo e gases às células; transportar
produtos residuais do metabolismo celular, desde os locais onde foram
produzidos até órgãos encarregados de eliminá-los; proteger o organismo contra
perda sanguínea por meio da coagulação e contra os micro-organismos pelo
sistema imunológico; além de realizar regulação hormonal e da temperatura
corporal. O coração possui um formato de um cone truncado, apresentando uma
base, um ápice e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar). E está
situado na cavidade torácica, atrás do esterno, acima do músculo diafragma,
sobre o qual em parte repousa, no espaço entre os dois sacos pleurais,
denominado mediastino.
Figura 1:
Sistema circulatório humano (A) e
réptil (B).
As mesmas
funções são desempenhadas por este sistema nos répteis, exceto em relação à regulação da temperatura, que nos répteis é
realizada através do aumento do ritmo de batimentos cardíacos, aumentando o
bombeamento de sangue através do corpo e por consequência a taxa de troca de
calor. Isso implica em esquentar ou esfriar num menor tempo. Além disso, por
possuírem o coração com três câmaras, os répteis (Fig. 1B) são capazes de
realizar desvios cardíacos, ou seja, enviar sangue do ventrículo para a
circulação pulmonar ou sistêmica, e evitar um dos circuitos. O sangue, ao ser
desviado para a circulação pulmonar, entra em contato com as superfícies respiratórias
úmidas, podendo perder calor por resfriamento evaporativo. Desviando desse
circuito, se evita resfriar o sangue mandando-o de volta para o corpo e ainda
aumentando a taxa de aquecimento.
O sistema circulatório é dividido em:
Sistema
cardiovascular, com
vasos (artérias, veias e capilares), o coração e o sangue.
Sistema
linfático, com vasos,
capilares, troncos, ductos, linfonodos, tonsilas e linfa.
Órgãos
Hemopoiéticos, como a
medula óssea e timo (órgãos linfáticos primários), e o baço (órgão linfático
secundário).
As estruturas do coração em humanos incluem o
pericárdio, valvas, artérias, veias e capilares, os quais suprem de sangue o
músculo cardíaco. O pericárdio consiste de uma capa fibrosa externa e de uma
membrana serosa interna. A camada interna, o pericárdio visceral, adere ao
coração e torna-se a camada mais externa do mesmo, o epicárdio.
O coração humano é
constituído por quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo
direito e ventrículo esquerdo. Os átrios se localizam na parte superior do
coração, e os ventrículos localizam-se na parte posterior e constituem o
principal volume do órgão. Vários vasos sanguíneos de grande calibre entram e
saem do coração pela sua base e margem superior, como veia cava superior e veia
cava inferior, artéria troncopulmonar, veias pulmonares e artéria aorta (Fig. 2).
Sistema
cardiovascular, com
vasos (artérias, veias e capilares), o coração e o sangue.
Sistema
linfático, com vasos,
capilares, troncos, ductos, linfonodos, tonsilas e linfa.
Órgãos
Hemopoiéticos, como a
medula óssea e timo (órgãos linfáticos primários), e o baço (órgão linfático
secundário).
As estruturas do coração em humanos incluem o
pericárdio, valvas, artérias, veias e capilares, os quais suprem de sangue o
músculo cardíaco. O pericárdio consiste de uma capa fibrosa externa e de uma
membrana serosa interna. A camada interna, o pericárdio visceral, adere ao
coração e torna-se a camada mais externa do mesmo, o epicárdio.
O coração humano é
constituído por quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo
direito e ventrículo esquerdo. Os átrios se localizam na parte superior do
coração, e os ventrículos localizam-se na parte posterior e constituem o
principal volume do órgão. Vários vasos sanguíneos de grande calibre entram e
saem do coração pela sua base e margem superior, como veia cava superior e veia
cava inferior, artéria troncopulmonar, veias pulmonares e artéria aorta (Fig. 2).
Figura 2: Anatomia
externa do coração humano.
Existem dois tipos de
valvas localizadas no coração humano (Fig. 3), as valvas atrioventriculares
localizadas entre os átrios e ventrículos (tricúspide no lado direito e
bicúspide, no esquerdo), e as valvas semilunares (pulmonar e aórtica)
localizadas entre os ventrículos e a artéria pulmonar.
Figura 3:
Valvas do coração humano.
Nos
répteis, o coração
fica na parte anteroventral do tórax e é formado por um pequeno seio venoso,
duas aurículas e dois ventrículos que são imperfeitamente separados. Pode-se
considerar que o coração possui apenas três cavidades:
dois átrios e um ventrículo separados pelo septo de Sabatierque, que é parcialmente partido (Fig. 4).
Figura 4: Anatomia
interna do coração de répteis.
O lagarto Tupinambis merianae (Fig. 5), conhecido
popularmente como lagarto-do-papo-amarelo ou teiú, é uma espécie diurna
ectodérmica, ou seja, absorve calor de fontes externas, para poder elevar sua
temperatura corpórea. Quando um réptil aumenta o ritmo de batimentos cardíacos,
o seu bombeamento de sangue também aumenta e por consequência a taxa de troca
de calor aumentará, sendo o inverso também verdadeiro.
Figura
5:
Lagarto Tupinambis merianae.
Algumas constatações podem ser feitas quando comparamos o
coração do homem e do lagarto:
1) o
coração de um réptil é mais simples em relação ao coração humano, em relação ao
número de câmaras.
2) o
fato de possuir apenas três câmaras (dois átrios e um ventrículo) permite aos
répteis realizar desvios cardíacos,
exceto os crocodilianos; o que
não é possível em humanos que possuem quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos).
3) nos répteis os sangues
arterial e venoso não se misturam e possuem dupla circulação, se assemelhando
aos humanos.
A circulação é dividida em grande e
pequena circulação:
Grande
circulação ou sistêmica:
Tem início no ventrículo esquerdo à artéria aorta à sistemas corporaisà veias cava superior e inferior à átrio direito. Em resumo refere-se a
circulação coração-tecidos-coração.
Pequena
circulação ou pulmonar:
Tem início no ventrículo direito à artéria tronco pulmonar à pulmões à veias pulmonaresà átrio esquerdo. Em resumo refere-se a
circulação coração-pulmão-coração.
Pressão
arterial
É a pressão exercida pelo sangue contra a
parede das artérias, quando é bombeado pelos ventrículos e penetra nesses vasos
sob pressão. O homem tem pressão arterial média de 120 x 80 mmHg; entretanto, quando
analisamos outros organismos, temos uma surpresa (Tabela 1). Por exemplo, a
tartaruga tem pressão arterial média de 34 x 29 mmHg e os sapos de 35 x 24
mmHg.
Tabela
1. Pressão arterial em mamíferos e aves.
O fluxo sanguíneo dos humanos depende do
diâmetro e do comprimento do vaso, e da viscosidade do sangue. Esse fluxo pode
ser controlado por regulação neural ou humoral, por exemplo, quando temos uma
emoção muito grande o fluxo sanguíneo aumenta devido à regulação neural. O
mesmo ocorre com os animais quando escutam fogos de artifício e o coração
dispara. Por outro lado, tartarugas e escamados tem a capacidade de alterar o
fluxo do sangue de acordo com a necessidade
respiratória e de temperatura.
CURIOSIDADE!
O fluxo
sanguíneo em répteis é controlado através de diferenças de pressão entre o
circuito sistêmico e pulmonar, e pela contenção e liberação do sangue
remanescente na cava venosa. Desvios na circulação, feitos pelo próprio
organismo, são utilizados para que o animal tenha as condições necessárias para
a sua sobrevivência; com isso, o sangue fica circulando e o calor recebido do
ambiente é mantido no corpo. Esse mecanismo evita que o réptil disperse calor
pela respiração enquanto se aquece ao sol. Esses mesmos desvios são utilizados
durante períodos em que o animal não está respirando, em mergulho, por exemplo.
Assim, o animal economiza o ar que está nos pulmões e aproveita o máximo de oxigênio
que está no sangue sistêmico.
Escrito por: Adriele
Cristiana e Maria Paula Carvalho
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
COLUNISTA
PORTAL. O Sistema Circulatório dos Répteis. 2012. Disponível em:
<http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/23736/osistema-circulatorio-dos-repteis>.
Acesso em: 14 Jun. 2014.
JACOB,
S.W.; FRANCONE, C.A.; LOSSOW, W.J. Anatomia e Fisiologia Humana. 5ª ed.
Tradução: Carlos Miguel Gomes Sequeira, Rio de Janeiro: Guanabara, 1990.
SPENCE,
A. P. Anatomia Humana básica. 2ª ed. Tradução: Edson Aparecido Liberti,
São Paulo: Manole, 1991.
TENÓRIO,
A. UNIFAP. Sistema Circulatório. 2012. Disponível em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABmn8AH/sistema-circulatorio>. Acesso
em: 14 Jun. 2014.
VEIGA,
M.; NOSKOSKI, M.; BEVILACQUA, M.; ROMANI, R.; ROMANI, R.; ROMANI, R.; RITTER,
F.; OLIVEIRA, D. S.Emprego das técnicas de vinilite e criodesitratação para
Evidenciar a anatomia do sistema circulatório de um Lagarto (tupinambis
merianae), RAMVI, Getúlio Vargas, v. 01, n. 01, p. 98-105, 2014.
TAVANO,
T.P. Coração dos Vertebrados: Filogenia, Revista Eletrônica de Ciências,
v. 46, São Carlos, 2014. Disponível em:
<http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/ art_46/aprendendo.html>.
Acesso em: 10 Jun. 2014.
FONTE DAS IMAGENS E TABELAS
Figura 1: http://www.infoescola.com/anatomia-humana/sistema-venoso/
e
http://www.monografias.com/circulacion-animal/circulacion-animal.shtml
Figura 2: http://dc248.4shared.com/doc/0AXBC9hm/preview.html
Figura 3: http://dc248.4shared.com/doc/0AXBC9hm/preview.html
Figura 4: http://negritosbio.blogspot.com.br/p/anfibios-e-repteis.html
Figura 5: http://ecoblogando.wordpress.com/2009/03/25/espcies-brasileiras-tei-tupinambis-merianae/
Tabela 1: http://scienceblogs.com.br/eccemedicus/2009/02/a-origem-da-pressao-arterial-i/