sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sistema linfático: uma comparação

O sistema linfático trabalha junto ao sistema circulatório auxiliando na remoção de resíduos, na coleta e na distribuição de ácidos graxos e gliceróis absorvidos no intestino delgado, e contribuindo para a defesa do organismo. Na sua constituição encontramos uma vasta rede de capilares, vasos e de pequenas estruturas chamadas de linfonodos que se distribuem por todo o corpo.
Este sistema transporta o fluido linfático chamado de linfa, dos tecidos para o sistema circulatório. Os vasos linfáticos possuem válvulas que impedem o refluxo da linfa em seu interior, permitindo com que ela circule pelo vaso num único sentido. A linfa assemelha-se ao sangue, diferenciando-se apenas por não apresentar células sanguíneas, sendo constituído principalmente por água, eletrólitos e quantidades variáveis de proteínas plasmáticas que escapam do sangue através dos capilares sanguíneos.
Quando comparamos o sistema linfático do cão, da vaca e de humanos percebemos que são extremamente semelhantes (Figs. 1 e 2).

                                    Figura 1. Sistema linfático de cães e de humanos.

O sistema linfático é dividido em órgãos linfóides primários que incluem a medula óssea e o timo, locais onde os linfócitos se diferenciam e sofrem maturação; órgãos linfóides secundários, ou órgãos linfóides periféricos, que são locais de desencadeamento da resposta imunitária.

                                     Figura 2. Sistema linfático de bovinos.

A circulação linfática é produzida por meio de contrações do sistema muscular ou de pulsações de artérias próximas aos vasos linfáticos, e nela são transportados os linfócitos para todo o organismo. Os vasos linfáticos passam através dos gânglios linfáticos, os quais contém um grande número de linfócitos e atuam como filtros, capturando organismos infecciosos, tais como as bactérias e os vírus. Por isso, eles aumentam de tamanho e ficam dolorosos quando existe algum processo infeccioso em andamento no organismo ou pela presença de um tumor no sistema linfático, muito conhecido como linfoma.
O baço e o timo também são órgãos linfóides, sendo que o baço tem como função a fagocitose de micro-organismos e células velhas do sangue, além de produzir linfócitos e ser reservatório de células sanguíneas; já o timo tem importância maior no animal jovem e regride na puberdade, sendo quase ausente no animal adulto, com função de maturar linfócitos do tipo T.

CURIOSIDADE!
O sistema linfático não possui um órgão equivalente ao coração. A linfa, portanto, não é bombeada como no caso do sangue. Mesmo assim se desloca, pois as contrações musculares comprimem os vasos linfáticos, provocando o fluxo da linfa. Em alguns vertebrados, como os peixes, os anfíbios e os répteis, existem estruturas conhecidas como "corações linfáticos" (Fig. 3), que auxiliam no bombeamento de água e íons absorvidos através da pele, em direção as veias. Esses órgãos são dilatações dos vasos que têm paredes com capacidade de se contrair, e seu ritmo de pulsação é independente do verdadeiro coração. Essas estruturas estão presentes em répteis e embrião de aves. O coração linfático é do tipo neurogênico, pois sua atividade é comandada pelo sistema nervoso central.


                                              Figura 3. Coração linfático de anfíbio.



                                                                                                        Escrito por: Maria Paula Carvalho e Laura Ribeiro 


REFERÊNCIAS CONSULTADAS
PINHEIRO, J. N.; Morfofuncional II. Sistema Linfático. 2014. Disponível em: <http://bloganatomiaveterinaria.files.wordpress.com/2014/02/sistema-linfc3a1tico.pdf>. Acesso em: 29 Jun. 2014.
Autor desconhecido. Fisiologia e Importância do Sistema Linfático. Disponível em: <http://www.roche.pt/sites-tematicos/linfomas/index.cfm/o_que_e/sistema-linfatico/fisiologia-sistema-linfatico/>. Acesso em: 29 Jun. 2014.

FONTE DAS IMAGENS
Figura 1: http://www.alunosonline.com.br/biologia/sistema-linfatico.html;  
http://bloganatomiaveterinaria.files.wordpress.com/2014/02/sistema-linfc3a1tico.pdf.
Figura 2: http://bloganatomiaveterinaria.files.wordpress.com/2014/02/sistema-linfc3a1tico.pdf.
Figura 3: http://player.mashpedia.com/player.php?q=iEggiawJUcE&lang=pt