sexta-feira, 15 de abril de 2016

Fisiologia do sistema reprodutor: reprodução sexuada x reprodução assexuada

Os seres humanos, assim como em todos os mamíferos e demais vertebrados apresenta reprodução sexuada, na qual ocorre a junção do espermatozoide com o óvulo para gerar indivíduos que vão compartilhar do mesmo material genético e dar continuidade da espécie.
O sistema reprodutor masculino é composto por testículo, epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais, escroto e pênis. Nos testículos são produzidos os espermatozóides (mais especificamente nos túbulos seminíferos), que são levados para o epidídimo onde ocorre o seu amadurecimento e armazenamento, seguindo pelo ducto deferente até a uretra.
O órgão reprodutor feminino é constituído por dois ovários, um útero, duas tubas uterinas, uma vagina e uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica da mulher.
 Durante o ato sexual, o pênis fica rígido e em posição ereta para facilitar a penetração na vagina. No momento que acontece a ejaculação, o pênis libera algumas secreções de suas glândulas acessórias que são compostas pela próstata que produz um líquido prostático alcalino e leitoso que contribui na composição do sêmen, as glândulas bulbouretrais que secretam um muco claro e tem função lubrificante e as vesículas seminais que libera um líquido viscoso composto principalmente por frutose, prostaglandinas e várias proteínas que fornecem nutrição e energia para os espermatozóides.
Após a ejaculação os espermatozoides passarão pela vagina e irão em direção as tubas uterinas de encontro ao óvulo. Quando o óvulo for fecundado (Figura 1), logo ocorrerá a formação do zigoto (ou célula-ovo), e em seguida, este irá migrar para as tubas uterinas para que ocorra sua implantação na cavidade do útero e dessa forma, começará o desenvolvimento e crescimento do embrião.




Figura 1: Formação de zigoto após fecundação


COMPARANDO:
Diferente dos vertebrados, os poríferos assumem os dois tipos de reprodução: sexuada e assexuada. As esponjas são monoicas ou hermafroditas, ou seja, a mesma produz gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (óvulos).

Reprodução Assexuada:

As esponjas podem se reproduzir de forma assexuada por fragmentação, brotação e por formação de gêmula.
 A fragmentação ocorre quando as esponjas sofrem danos pelos seus predadores ou pelo movimento forte das águas, que acaba dispersando esses fragmentos para outro lugar onde se fixam no substrato formando uma nova esponja. O brotamento não é tão comum, mas se dá pela presença de brotos que ao se quebrarem, se prendem e crescem em outra esponja. Já a formação de gêmulas que são mais comuns em esponjas de água doce (Figura 2), dependem muito das condições climáticas para iniciar sua reprodução. Em períodos frios elas não se reproduzem, mas quando o clima é mais quente e favorável, essas gêmulas são germinadas e produzidas no meso-hilo pela concentração de arqueócitos, que se assemelham às células embrionárias e formam uma massa de tesócitos que é envolvovida pela espongina secretada por espongiócitos. Quando essa gêmula “eclode”, os tesócitos se diferem em uma pinacoderme que migra para o exterior da gêmula através da micrópila e se fixa em um substrato, para formar o interior de uma esponja jovem. Como se pode observar em na figura 3. (RUPPERT et al.,2005)



Figura 2: Gêmula (A); Eclosão de Gêmula(B)

Reprodução Sexuada

Os poríferos não possuem órgãos genitais como os mamíferos e os espermatozóides desses indivíduos surgem dos coanócitos que formam o cisto espermático. Os óvulos também surgem dos coanócitos ou arqueócitos, variando entre espécies que se aprofundam no meso-hilo. Quando os espermatozoides são liberados eles rompem a parede do cisto espermático entrando nos canais exalantes e são liberados pelos ósculos. Quando esse esperma é liberado, e se encontra com outra esponja, eles passam para seu sistema aquífero pelo fluxo de água inalante e assim o espermatozoide é transportado para a coanaderme, é fagocitado, mas sem ser digerido por um coanócito (células do colarinho), e, em seguida, perde seu flagelo se torna um amebóide e leva o núcleo para o óvulo.
Depois de alcançar o óvulo no meso-hilo, o núcleo do espermatozoide pode ser transferido para dentro do óvulo, ou o nucleo do espermatozoide juntamente com o coanócito ameboide podem ser fagocitados pelo óvulo. É importante ressaltar que o esperma das esponjas não tem acrossomo (estrutura responsável pela penetração na célula-ovo), pois o espermatozoide entra na célula-ovo por fagocitose.
Após a fertilização e a formação do zigoto, ocorre o desenvolvimento das larvas que podem ser: larvas celoblástula, com a estrutura de uma esfera oca composta por apenas uma camada de células flageladas, larvas anfiblástula composta por dois tipos de células: flageladas e não- flageladas, larvas parenquimelas caracterizada por possuir uma camada exterior compostas de células flageladas difundidas com outras células contendo vesículas e sem flagelos, e por fim, as larvas triquimelas que possuem uma faixa de células flagelas ao redor do corpo larval.
No caso da larva anfíblástula, quando liberada pelo ósculo, se fixa no substrato formarmando uma nova esponja. Quando a esponja jovem fica funcional, ela começará a se alimentar e ganhará um formato asconóide, que passará a ser chamado de olinto (RUPPERT et al,2005).

Figura 3: Reprodução sexuada de Poríferos com formação de larva anfiblástula



Escrito por Isadora Franco




REFERÊNCIAS       
 Sistema reprodutor humano. Disponível em:
AIRES, Margarida M. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
Sistema reprodutor de poríferos.Disponível em:
RUPPERT, E.E.; FOX, R.S. & BARNES, R.D. 2005. Zoologia dos Invertebrados. 7ª ed. Editora Roca, São Paulo