terça-feira, 19 de junho de 2018

Uma comparação entre a respiração humana e a dos mamíferos marinhos: as baleias


            A respiração é um processo fisiológico vital não só para os seres humanos, mas para todos os seres vivos, pois envolve a troca de gases com a atmosfera, processo chamado de hematose que ocorre, principalmente, nos alvéolos pulmonares. Entretanto, desde o momento em que o ar entra pelas narinas, o ar percorre um longo caminho e a troca só ocorre nos bronquíolos respiratórios e alvéolos pulmonares, devido a presença de capilares sanguíneos ao redor desses, facilitando o processo de difusão entre os componentes. 

Figura 1 – Alvéolos pulmonares e vasos sanguíneos

            O trato respiratório humano é dividido em duas partes: porção condutora, que é composta pelo nariz, faringe, laringe e traqueia, e nos pulmões, continuada pelos brônquios e bronquíolos, e a porção respiratória, composta pelos bronquíolos respiratórios e alvéolos. 

Figura 2 – Porção condutora

            Nos alvéolos, onde ocorre a hematose, através dos capilares, chega o sangue venoso, rico em gás carbônico (CO2), que se converte em sangue arterial, rico em oxigênio (O2), que retorna à circulação normal, passando pelo coração e sendo bombeado pelo ventrículo esquerdo através da aorta para todo o corpo, onde ele se torna, novamente, venoso, retornando ao coração, e, em seguida, ao pulmão, fechando o ciclo.

Figura 3 – Pequena e grande circulação

            Nas baleias, o processo respiratório não é diferente, pois estes animais também apresentam respiração pulmonar, mesmo vivendo sob as águas, portanto, precisam chegar até a superfície para respirar. Impressionantemente, conseguem segurar o ar a partir da inspiração (entrada do ar) até a expiração (saída do ar) por 20 minutos.
            As trocas gasosas ocorrem no momento em que a baleia vai até a superfície e afunda a ponta dorsal do crânio, e é nesse momento que os furos de sopro, encontrados nas narinas, localizadas na parte mais alta da cabeça se abrem. 

Figura 4 – Narinas da baleia azul


            Quando estão na superfície, depois de ficarem muito tempo submersas, elas expelem, também, através da narina o ar quente e úmido que antes estava nos pulmões, que quando somado ao ar frio encontrado próximo ao mar, se condensa, formando gotículas de água, o famoso jato de água das baleias, que pode chegar a 6 metros de altura. Esse jato de água pode variar conforme a espécie, por exemplo, as baleias francas formam um V e as baleias azuis, um único jato reto.
            Diferentemente dos mamíferos terrestres, as baleias apresentam um bom funcionamento da respiração, pois enchem os pulmões quase completamente, aproveitando 80% do gás inalado, influenciando nos 20 minutos totais que demoram até expelir o gás carbônico. 

Figura 5 – Jato da baleia franca
 
Figura 6 – Jato da baleia azul


Texto escrito por Maria Clara Lunardi

Referências:
TORTORA, G.J.; NIELSEN, M. Princípios da Anatomia Humana. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
Respiração da baleia. Disponível em: <http://animais.culturamix.com/curiosidades/respiracao-da-baleia>. Acesso em 13 jun 2018.

Referências de imagens:
Figura 1 (adaptada de): AUTOR DESCONHECIDO. Alvéolos pulmonares e vasos sanguíneos. Disponível em: http://antonioborn.com.br/artigos/cigarrinho.html. Acesso em 13 jun 2018.
Figura 2 (adaptada de): AUTOR DESCONHECIDO. Porção condutora do sistema respiratório. Disponível em: http://histoenf.blogspot.com/2011/10/sistema-respiratorio_14.html. Acesso em 13 jun 2018.
Figura 3 (adaptada de): AUTOR DESCONHECIDO. Pequena e grande circulação. Disponível em: http://vidanaspaginasdeciencias.blogspot.com/2013/03/pequena-e-grande-circulacao-revisao.html. Acesso em 18 jun 2018.
Figura 4 (adaptada de): AUTOR DESCONHECIDO. Baleia Azul respirando. Disponível em: http://gmc-creative.com.br/baleia-52-hertz-nosso-gigante-solitario/. Acesso em 13 jun 2018.

Figura 5 (adaptada de): AUTOR DESCONHECIDO. Jato em ‘V’ de uma baleia-franca. Disponível em: http://www.pousadapg.com.br/lazer/baleias. Acesso em 13 jun 2018.
Figura 6 (adaptada de): AUTOR DESCONHECIDO. Jato de uma baleia-azul. Disponível em: http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/baleia_azul.htm. Acesso em 13 jun 2018.
 

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Sistema Digestório Humano X Insetos


O sistema digestório humano é responsável pela apreensão, mastigação, deglutição, digestão, absorção e eliminação do alimento ingerido, que durante esses processos será transformado em energia para o corpo. Para executar tais funções o sistema digestório possui um conjunto de órgãos principais e anexos que auxiliam no processo de digestão, sendo eles:
·         Tubo digestório: é por onde o alimento entra no corpo para sofrer reações como trituração, umidificação, ação de ácidos e enzimas digestórias, para se tornar partículas menores que possam ser absorvidas pelo organismo, até chegar a porção final onde o que não foi absorvido será eliminado. O tubo digestório é dividido em:
Boca - entrada do alimento que será umidificado pela saliva, que também fara a quebra dos carboidratos (digestão), e triturado (mastigado) pelos dentes. A movimentação do alimento dentro da boca é auxiliada pela língua. As glândulas salivares que secretam a saliva, os dentes e a língua são órgãos anexos que são de grande importância para o início da digestão e formação do bolo alimentar.
Faringe - conduz o bolo alimentar até o esôfago, essa condução é chamada de deglutição. Durante a passagem do bolo alimentar pela faringe a epiglote se fecha como uma tampa impedido que o bolo alimentar entre pela traqueia e vá para o pulmão.
Esôfago - é composto por músculo estriado esquelético e estriado liso por onde o bolo alimentar é guiado por movimentos peristálticos até o estômago.
Estômago - é onde o bolo alimentar fica aprisionado, devido aos esfíncteres pilórico e cárdico, por uma média de tempo de 3 horas para receber um banho de suco gástrico (extremamente ácido) e onde as enzimas, principalmente a pepsina, que quebram as proteínas, transformando o bolo alimentar em uma mistura de sólidos e líquido, o quimo.
Intestinos - é recoberto pelo peritônio. Após o quimo ficar um tempo no estômago o esfíncter pilórico se abre e o quimo entra na primeira porção do intestino delgado, o duodeno, nessa parte é liberado no quimo a bile, secretada pelo fígado, e o suco pancreático, secretado pelo pâncreas. O suco pancreático tem solução de bicabornato de sódio que aumenta o pH do quimo e o deixa mais básico para que as enzimas possam agir, o suco pancreático também continua o processo de digestão dos carboidratos e proteínas e atua na digestão das gorduras; a bile faz a emulsificação das gorduras aumentando a eficiência da digestão das gorduras pelo suco pancreático. No intestino delgado também é liberado, por ele mesmo, o suco entérico que finaliza a digestão dos carboidratos e proteínas. Ao longo do intestino delgado, conforme a digestão vai ocorrendo, há a absorção de água, substratos orgânicos, vitaminas e íons. Após a ação de todas as substancias do intestino delgado o quimo passa a se chamar quilo, que é conduzido para o intestino grosso onde é desidratado e compactado sendo preparado para eliminação.
Canal anal e ânus - o canal anal liga a parte terminal do intestino grosso, colo sigmoide, a região externa do corpo, ânus, por onde as substâncias que não foram absorvidas serão descartadas.


Figura 1- Sistema Digestório Humano





O aparelho digestivo dos insetos é formado por um tubo que percorre todo o corpo do indivíduo no sentido longitudinal ligando a boca ao ânus. Os insetos podem ter um variado cardápio alimentar, como sangue, insetos hematófagos, plantas, insetos herbívoros, e matéria orgânica em decomposição, insetos decompositores. Alguns insetos que se alimentam de madeira têm em seu trato digestivos simbiontes, como bactérias e protozoários, que ajudam na decomposição da celulose. Há a presença de aparelhos bucais diversificados de acordo com a alimentação de cada inseto, como aparelho bucal sugador, mastigador e picador.
O sistema digestório dos insetos é dividido em: Estomodeu, Mesêntero e Proctodeu.
·         Estomodeu – é formado pela faringe, esôfago, papo, proventrículo e válvula cardíaca.

  • No papo o alimento é armazenado o e sofre as primeiras reações enzimáticas.

  • O proventrículo apresenta dentes quitinosos em insetos mastigadores.

  • A válvula cardíaca impede que o alimento retorne ao estomodéu depois de já ter sido enviado para o mesêntero.     

·         Mesêntero – é formado pelo ventrículo, cecos gástricos e válvula pilórica.

  • No ventrículo a digestão iniciada no estomodéu é completada. Ocorre a liberação de quase todas as enzimas digestivas como lipase, protease, amilase, maltase e invertase.

  • Os cecos gástricos são anexos digestivos que têm a função de manter os simbiontes e ampliar a área de secreção e absorção de substancias. São divertículos em forma de bolsa em número de 2-8.

  •  Válvula pilórica impede que o alimento volte ao mesêntero.

·         Proctodeu – é formado pelo piloro, íleo, colón, reto e ânus. Possui glândulas retais que absorvem água e nutrientes. 

·         Anexos digestivos

  •  Glândulas salivares, presentes na cabeça ou tórax, secretam saliva que é lançada na hipofaringe. A saliva, umidifica os alimentos, limpa os estiletes presentes no aparelho bucal e nos insetos hematófagos impede a coagulação do sangue do qual o inseto está se alimentando.

  • Tubos de Malpighi são os principais órgãos excretores dos insetos, ele retira substancias, como toxinas em forma de compostos nitrogenados, da hemolinfa (sangue do inseto), assim como sais minerais e água. Depois de retirar as substancias da hemolinfa os tubos de Malpighi direcionam essas substancias para o reto onde a agua e os sais minerais são reabsorvidos e os compostos nitrogenados são eliminados junto as fezes.



Figura 2-Sistema Digestório dos Insetos


Escrito por Taís Alves da Cruz


Referências Bibliográficas:
FILGUEIRA, M. Sistema Digestivo dos Insetos. Disponível em: <http://marcosfilgueira.wikidot.com/aparelho-digestivo-dos-insetos>. Acesso em 17 de junho de 2018.

TORTORA, G.J.; NIELSEN, M. Princípios da Anatomia Humana. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

Figura 1 (adaptada de): AUTOR DESCONHECIDO. Sistema Digestivo Humano – Aparelho Digestório | Resumo da Anatomia. Disponível em: < http://www.anatomiadocorpo.com/sistema-digestorio-aparelho-digestivo/>. Acesso em 03 de junho de 2018.

 

Figura 2 (adaptada de ): AUTOR DESCONHECIDO. Sistema Digestório. Disponível em: < https://pt.slideshare.net/Adenomar/sistema-digestrio-9430535>. Acesso em 17 de junho de 2018.