Os seres humanos, assim como em todos os
mamíferos e demais vertebrados apresenta reprodução sexuada, na qual ocorre a
junção do espermatozoide com o óvulo para gerar indivíduos que vão compartilhar
do mesmo material genético e dar continuidade da espécie.
O sistema reprodutor masculino é
composto por testículo, epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais,
próstata, glândulas bulbouretrais, escroto e pênis. Nos testículos são
produzidos os espermatozóides (mais especificamente nos túbulos seminíferos),
que são levados para o epidídimo onde ocorre o seu amadurecimento e
armazenamento, seguindo pelo ducto deferente até a uretra.
O órgão reprodutor feminino é constituído por dois ovários, um útero, duas
tubas uterinas, uma vagina e uma vulva. Ele está localizado no interior da
cavidade pélvica da mulher.
Durante o ato sexual, o pênis fica rígido e em
posição ereta para facilitar a penetração na vagina. No momento que acontece a ejaculação,
o pênis libera algumas secreções de suas glândulas acessórias que são compostas
pela próstata que produz um líquido prostático alcalino e leitoso que contribui
na composição do sêmen, as glândulas bulbouretrais que secretam um muco claro e
tem função lubrificante e as vesículas seminais que libera um líquido viscoso
composto principalmente por frutose, prostaglandinas e várias proteínas que
fornecem nutrição e energia para os espermatozóides.
Após a ejaculação os espermatozoides
passarão pela vagina e irão em direção as tubas uterinas de encontro ao óvulo.
Quando o óvulo for fecundado (Figura 1), logo ocorrerá a formação do zigoto (ou
célula-ovo), e em seguida, este irá migrar para as tubas uterinas para que
ocorra sua implantação na cavidade do útero e dessa forma, começará o
desenvolvimento e crescimento do embrião.
Figura 1: Formação de zigoto após
fecundação
COMPARANDO:
Diferente dos vertebrados, os
poríferos assumem os dois tipos de reprodução: sexuada e assexuada. As esponjas
são monoicas ou hermafroditas, ou seja, a mesma produz gametas masculinos (espermatozoides)
e femininos (óvulos).
Reprodução Assexuada:
As esponjas podem se reproduzir de
forma assexuada por fragmentação, brotação e por formação de gêmula.
A fragmentação ocorre quando as esponjas
sofrem danos pelos seus predadores ou pelo movimento forte das águas, que acaba
dispersando esses fragmentos para outro lugar onde se fixam no substrato
formando uma nova esponja. O brotamento não é tão comum, mas se dá pela
presença de brotos que ao se quebrarem, se prendem e crescem em outra esponja. Já
a formação de gêmulas que são mais comuns em esponjas de água doce (Figura 2), dependem
muito das condições climáticas para iniciar sua reprodução. Em períodos frios elas
não se reproduzem, mas quando o clima é mais quente e favorável, essas gêmulas
são germinadas e produzidas no meso-hilo pela concentração de arqueócitos, que
se assemelham às células embrionárias e formam uma massa de tesócitos que é
envolvovida pela espongina secretada por espongiócitos. Quando essa gêmula
“eclode”, os tesócitos se diferem em uma pinacoderme que migra para o exterior
da gêmula através da micrópila e se fixa em um substrato, para formar o
interior de uma esponja jovem. Como se pode observar em na figura 3. (RUPPERT
et al.,2005)
Figura 2: Gêmula (A); Eclosão de
Gêmula(B)
Reprodução Sexuada
Os poríferos não possuem órgãos genitais como os mamíferos e
os espermatozóides desses indivíduos surgem dos coanócitos que formam o cisto
espermático. Os óvulos também surgem
dos coanócitos ou arqueócitos, variando entre espécies que se aprofundam no
meso-hilo. Quando os espermatozoides são liberados eles rompem a parede do
cisto espermático entrando nos canais exalantes e são liberados pelos ósculos.
Quando esse esperma é liberado, e se encontra com outra esponja, eles passam
para seu sistema aquífero pelo fluxo de água inalante e assim o espermatozoide
é transportado para a coanaderme, é fagocitado, mas sem ser digerido por um
coanócito (células do colarinho), e, em seguida, perde seu flagelo se torna um
amebóide e leva o núcleo para o óvulo.
Depois de
alcançar o óvulo no meso-hilo, o núcleo do espermatozoide pode ser transferido para
dentro do óvulo, ou o nucleo do espermatozoide juntamente com o coanócito ameboide
podem ser fagocitados pelo óvulo. É importante ressaltar que o esperma das
esponjas não tem acrossomo (estrutura responsável pela penetração na célula-ovo),
pois o espermatozoide entra na célula-ovo por fagocitose.
Após a
fertilização e a formação do zigoto, ocorre o desenvolvimento das larvas que podem
ser: larvas celoblástula, com a estrutura de uma esfera oca composta por apenas
uma camada de células flageladas, larvas anfiblástula composta por dois tipos
de células: flageladas e não- flageladas, larvas parenquimelas caracterizada
por possuir uma camada exterior compostas de células flageladas difundidas com
outras células contendo vesículas e sem flagelos, e por fim, as larvas
triquimelas que possuem uma faixa de células flagelas ao redor do corpo larval.
No caso da larva anfíblástula,
quando liberada pelo ósculo, se fixa no substrato formarmando uma nova esponja.
Quando a esponja jovem fica funcional, ela começará a se alimentar e ganhará um
formato asconóide, que passará a ser chamado de olinto (RUPPERT et al,2005).
Figura 3: Reprodução sexuada de
Poríferos com formação de larva anfiblástula
Escrito por Isadora Franco
REFERÊNCIAS
Sistema reprodutor humano. Disponível em:
<http://anatomia-humana.info/corpo-humano/sistema-reprodutor.html
> aceso em: 24 mar. 2016.
AIRES, Margarida M. Fisiologia.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
Sistema
reprodutor de poríferos.Disponível em:
<http://arquivos.castelobranco.br/data/publico/instrucionais/ciencias_biologicas/zoologia_invertebrados_I.pdf
> acesso em:14 de abr.2016.
RUPPERT, E.E.; FOX,
R.S. & BARNES, R.D. 2005. Zoologia
dos Invertebrados. 7ª ed. Editora Roca, São Paulo
Figura1:
Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/figuras/Corpo/ovulacao.jpg
Figura2:
Disponível em: http://www.gbri.org.au/Portals/0/Images/Classes/2014/s4205932/Micropyles%20(reproduction).jpg
Figura 3:
Disponível em: http://files.biocultura.webnode.com/200001051-2274a236e3/Reproducao%20Sexuada%20Poriferos.jpg
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