sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Glândulas sudoríparas apócrinas do homem comparadas com as do lobo-marinho-sul-americano (Arctocephalus australis)

As células das glândulas sudoríparas liberam suas secreções por meio da exocitose e as descarregam na superfície da pele por intermédio de poros ou nos folículos pilosos (Tortora, 2007). Sua classificação em écrinas ou apócrinas depende da sua estrutura, localização e do seu tipo de secreção.
Abaixo comparamos as glândulas classificadas como apócrinas, segundo sua localização e morfologia no homem e no lobo-marinho-sul-americano, considerando os achados de Silva (2008).

Localização
Nos humanos, segundo Tortora (2007), as glândulas apócrinas são encontradas principalmente na pele da axila, da virilha, das aréolas das mamas e na região com barba em homens adultos. Sua parte secretora está localizada, em grande parte, na tela subcutânea e o ducto excretor se abre nos folículos pilosos (Fig. 1A).
Já no lobo-marinho-sul-americano (Arctocephalus australis), essas glândulas estão espalhadas pela parte dorsal de seu corpo já que não são encontradas nas faces ventrais das nadadeiras, peitoral e caudal. Além disso, estão localizadas caudalmente ao bulbo do pelo e geralmente estão cercadas por células adiposas (Fig. 1B).


Figura 1: Localização da glândula sudorípara apócrina no homem em A e no lobo-marinho-sul-americano em B. Células secretoras (seta); folículo piloso (FP); células adiposas (*).

Morfologia
No homem, a glândula sudorípara apócrina é classificada como uma glândula tubular convoluta simples, uma vez que consiste de um tubo único que se encontra espiralado em três dimensões ou convoluto (Fig. 2A). Já no lobo-marinho-sul-americano, o ducto das glândulas apócrinas é formado por células cúbicas estratificadas e a unidade secretora é muito tortuosa, com túbulos alongados formados por uma camada de células cúbicas, as quais estão cercadas por células mioepiteliais (Fig. 2B).


Figura 2: Glândula sudorípara apócrina do homem em A e do lobo-marinho-sul-americano em B. Células secretoras (seta); lúmen da glândula (*).

Escrito por: João Vitor Marani Amaral


Referencias consultadas
SILVA, A. Organização e arquitetura do sistema tegumentar do lobo-marinho-sul-americano (Arctocephalus australis, Zimmermann, 1783). 2008. 161 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008.
TORTORA, GJ. Princípios da anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
AUTOR DESCONHECIDO. Apostila de histologia. Cap. 1: Parte 3. Disponível em: http://biologia.ifsc.usp.br/bio1/apostila/bio1_parte_03.pdf

Fonte das imagens
Figura 1A: http://angelicabeauty.blogspot.com.br/2011/08/glandulas-sudoriparas.html
Figura 2A: Http://histologiaunah.hostzi.com/index_files/Page1777.htm
Figura 1B e 2B: Silva, A. Organização e arquitetura do sistema tegumentar do lobo-marinho-sul-americano (Arctocephalus australis, Zimmermann, 1783). 2008. 161 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Olá, muito bom seu post, obrigado por compartilhar informações mais lucidas! Gostaria de saber como ocorre o funcionamento dessas glândulas écrinas e apócrinas? Oque cada uma secreta, elas estão relacionadas? Podem sofrer inibição por algum fator químico, bioquímico ou até mesmo enzimático? Obrigado

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